Saber a diferença entre lucro Real e lucro Presumido saber e qual é o mais adequado para o seu negócio é um dos pontos fundamentais para uma gestão tributária eficiente, redução de custos e crescimento sustentável.
Um erro na escolha pode significar custos tributários desnecessários, dificuldades com a Receita Federal e impacto negativo nos lucros da empresa.
Por isso, ao longo deste artigo vamos citar as principais diferenças entre Lucro real e Lucro Presumido, a partir das principais características de cada um deles:
Lucro Real
O Lucro Real pode ser a opção tributária de qualquer empresa, porém é o regime obrigatório para aquelas que faturam mais de R$78 milhões anuais, ou para atividades específicas como bancos, financeiras e seguradoras.
Neste regime, o cálculo do IRPJ e da CSLL é baseado no lucro efetivo da empresa, após ajustes contábeis. Isso significa que quanto maior o lucro, maiores os impostos, mas, em caso de prejuízo, a empresa fica isenta desses tributos no período.
Além desses impostos, também são calculados PIS, Cofins, ISSQN, ICMS (para empresas comerciais) e IPI (para indústrias e importadores).
É o regime mais detalhado, exigindo uma contabilidade mais rigorosa, já que deve haver um registro preciso de todas as receitas e despesas.
Pode ser mais vantajoso para empresas com margens de lucro baixas, pois os impostos são calculados sobre o lucro efetivo. Além disso, o uso de incentivos fiscais e deduções é mais amplo.
O lucro real pode ser dividido em:
- Anual: a empresa calcula e antecipa mensalmente os tributos com base no faturamento do mês. São aplicados percentuais pré definidos de acordo com as atividades para estimar uma margem de ganho. Sobre essa margem, incidem o IRPJ e a CSLL;
- Trimestral: a apuração do lucro, o cálculo dos impostos e o pagamento dos tributos é realizada ao final de cada trimestre.
As alíquotas do Lucro Real:
Nesse regime, as alíquotas são aplicadas com base no ganho líquido, e o percentual dos principais tributos dessa modalidade são:
- IRPJ: 15% para rendimento de até R$ 20.000 mensais com um adicional de 10% para o que passar desse valor no mesmo período;
- CSLL: 9%;
- PIS: 1,65%;
- Cofins: 7,6%.
Lucro Presumido
O lucro é estimado com base em uma porcentagem fixa do faturamento, que varia de acordo com a atividade da empresa. Esse regime também visa o cálculo de quanto uma empresa deve pagar de IRPJ e CSLL, porém, isso é feito de forma mais simples em relação ao Lucro Real.
Está disponível para empresas com faturamento anual de até R$78 milhões, e podem optar por esse regime empresas que atuam em segmentos como comércio, prestação de serviços e indústrias.
Tem como vantagem uma menor complexidade contábil, o que reduz os custos administrativos, e também pode ser vantajoso para empresas que têm margens de lucro superiores às presumidas.
A frequência com que esses impostos são recolhidos também é diferente, já que ocorre trimestralmente, e não mensalmente como PIS, Cofins e ISS, ICMS e IPI.
A importância de saber diferenciar Lucro Real e Lucro Presumido
Como empreendedor, entender a diferença entre lucro real e lucro presumido é essencial para fazer uma escolha estratégica que impacta diretamente a saúde financeira da empresa.
A escolha do regime correto pode reduzir o valor pago em impostos, permitindo ao empreendedor reinvestir na empresa. Por exemplo, empresas com margens de lucro menores podem se beneficiar do lucro real, enquanto empresas com margens mais altas podem achar o lucro presumido mais vantajoso.
Se o empreendedor não escolher o regime tributário adequado, pode acabar pagando mais impostos do que o necessário, e até levar a consequências fiscais, como multas ou autuações.
O lucro real, por exemplo, exige um controle muito rigoroso das finanças, e qualquer erro na contabilidade pode gerar problemas com a Receita Federal. Já no lucro presumido, apesar da simplificação, há riscos de superestimar o lucro e acabar pagando mais impostos, ou subestimar e enfrentar penalidades fiscais.
Para empresas que estão crescendo, entender a dinâmica desses regimes é crucial para planejar o futuro. Quando uma empresa ultrapassa o limite de faturamento do lucro presumido, é obrigada a mudar para o lucro real.
O empreendedor precisa estar ciente dessas transições para que o crescimento da empresa não resulte em surpresas fiscais desagradáveis.
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