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Simples Nacional: Como reduzir a carga tributária da sua empresa

O Simples Nacional é um regime tributário simplificado, criado para facilitar a vida de microempresas e empresas de pequeno porte no Brasil. Esse regime permite que essas empresas recolham uma série de tributos em uma única guia de pagamento, conhecida como DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional).

Foi instituído para incentivar a formalização de micro e pequenas empresas, simplificar a gestão tributária e reduzir a carga tributária sobre esses negócios. Ele visa apoiar o crescimento e a sustentabilidade dessas empresas, promovendo a inclusão no mercado formal e o desenvolvimento econômico.

Isso porque é um regime que facilita o pagamento de tributos e oferece condições vantajosas para que pequenos negócios possam se manter regularizados e crescer com uma carga tributária mais leve e com menos burocracia.

Principais características e vantagens do Simples Nacional:
  • Unificação de tributos: O Simples Nacional reúne diversos impostos federais, estaduais e municipais em uma única alíquota, facilitando o pagamento. Isso inclui tributos como IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, IPI, ICMS, ISS e CPP (Contribuição Patronal Previdenciária).
  • Alíquotas progressivas: A carga tributária é determinada de acordo com a faixa de faturamento anual da empresa, com alíquotas que aumentam gradativamente conforme o aumento da receita bruta.
  • Redução de burocracia: Ao centralizar o pagamento de impostos em uma única guia, o Simples Nacional reduz a burocracia para micro e pequenas empresas, evitando o preenchimento de diversas guias e formulários.
Mas quem pode aderir ao simples nacional?

Podem optar por esse regime tributário empresas com receita bruta anual de até R$ 4,8 milhões. No entanto, existem restrições para alguns setores e atividades, como: empresas de serviços financeiros, algumas prestadoras de serviços intelectuais e outras atividades específicas.

Como reduzir a carga tributária do Simples Nacional da sua empresa

1 – Comece entendendo os anexos do Simples Nacional

O Simples Nacional é dividido em cinco anexos, e cada um deles contempla tipos específicos de atividades, com alíquotas variáveis que dependem do faturamento e da folha de pagamento da empresa. 

Cada anexo possui faixas de alíquotas progressivas, que aumentam conforme o faturamento anual da empresa.

Os cinco anexos são:

Anexo I: Comércio

Abrange atividades de comércio e tem as menores alíquotas iniciais. É indicado para empresas que atuam no varejo ou atacado, como lojas de roupas, supermercados e outros negócios que vendem mercadorias sem alteração na sua essência.

Anexo II: Indústria

Destinado a empresas do setor industrial que fabricam ou transformam produtos para venda. As alíquotas são um pouco mais altas do que as do comércio, devido à natureza da atividade industrial, que costuma agregar mais valor ao produto final.

Anexo III: Prestação de serviços de natureza geral

Abrange serviços como clínicas médicas, escolas, academias, salões de beleza e outros serviços gerais. A alíquota inicial é moderada, mas pode aumentar dependendo da receita anual e do “fator R” (uma fórmula que relaciona a folha de pagamento e a receita bruta da empresa).

Anexo IV: Prestação de serviços de construção civil e outros serviços específicos

Inclui atividades como construção civil e serviços de limpeza, vigilância, engenharia e outros que, geralmente, têm maior carga de trabalho intensivo. 

Tem uma característica particular: a empresa precisa pagar separadamente a Contribuição Patronal Previdenciária (CPP), o que pode resultar em uma carga tributária um pouco maior.

Anexo V: Prestação de serviços de alta complexidade e que geralmente requerem mão de obra especializada

Engloba atividades que requerem mão de obra especializada, como consultorias, empresas de TI, serviços de engenharia e outros serviços que tendem a ter um custo maior de qualificação. 

Possui as alíquotas mais elevadas, mas, em algumas condições, empresas enquadradas no Anexo V podem optar pelo Anexo III se atingirem o “fator R” (folha de pagamento superior a 28% da receita bruta), o que pode resultar em menor carga tributária.

Selecionar o anexo adequado impacta diretamente na carga tributária, pois cada um possui alíquotas iniciais e faixas diferentes. O correto enquadramento garante que a empresa pague menos imposto, conforme a natureza da sua atividade e o nível de complexidade do serviço prestado.

2- Faça um planejamento tributário dentro do Simples Nacional

O Planejamento Tributário consiste na análise e organização das atividades e operações da empresa para otimizar a forma de pagamento de impostos, dentro dos limites da lei. Ele permite que o empresário tome decisões que evitem custos desnecessários e aumentem os benefícios fiscais, de acordo com a realidade do negócio.

É uma ferramenta essencial para empresas que querem reduzir a carga tributária de forma legal e estratégica, aproveitando todas as possibilidades que o Simples Nacional oferece. Embora já seja um regime simplificado, um bom planejamento tributário permite à empresa fazer escolhas mais eficientes e minimizar custos fiscais.

Algumas estratégias de planejamento tributário são:

  • Revisão periódica do faturamento e alíquotas

O Simples Nacional utiliza alíquotas progressivas, que aumentam conforme o faturamento anual da empresa cresce. Portanto, é fundamental revisar o faturamento periodicamente para entender em qual faixa de alíquota a empresa se enquadra.

  • Escolha de atividades e estrutura organizacional

Escolher as atividades econômicas certas para a empresa ou até segmentá-las em diferentes CNPJs, se possível, pode ter um impacto positivo na carga tributária. O planejamento da estrutura organizacional e do CNAE da empresa permite escolher o anexo mais vantajoso e minimizar a tributação.

  • Revisão de registros contábeis e gestão de documentação

Manter registros contábeis precisos e atualizados ajuda a empresa a planejar melhor suas finanças e aproveitar benefícios fiscais. Além disso, a gestão da documentação é essencial para comprovar a veracidade das informações fiscais e evitar penalidades.

  • Escolha de atividades e estrutura organizacional

Escolher as atividades econômicas certas para a empresa ou até segmentá-las em diferentes CNPJs, se possível, pode ter um impacto positivo na carga tributária. O planejamento da estrutura organizacional e do CNAE da empresa permite escolher o anexo mais vantajoso e minimizar a tributação.

3 – Monitore constantemente as receitas e despesas

Como citamos, o Simples Nacional estabelece um limite de faturamento anual de até R$ 4,8 milhões para que a empresa possa se manter no regime. Se esse limite for ultrapassado, a empresa pode ser desenquadrada do Simples e ter que migrar para outro regime tributário mais complexo e com alíquotas possivelmente mais elevadas, como o Lucro Presumido ou o Lucro Real. 

Para garantir que a empresa mantenha um monitoramento eficiente, algumas práticas podem ser adotadas. Por isso, a seguir vamos pontuar as principais: 

  • Tenha um registro contínuo e detalhado das receitas;
  • Faça o controle das despesas para otimizar o fator R;
  • Realize uma análise de despesas operacionais e de controle de custos;
  • Tenha um planejamento de picos de vendas e sazonalidade;
  • Utilize ferramentas de gestão financeira.

Com o monitoramento adequado das receitas e despesas, a empresa evita o desenquadramento do Simples Nacional por excesso de faturamento, otimiza o uso do fator R para pagar menos impostos, identifica oportunidades de redução de despesas e garante previsibilidade financeira, que é fundamental para a sustentabilidade do negócio.

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